Saúde


Doria anuncia compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa antes da conclusão dos testes


Publicado 30 de setembro de 2020 às 15:43     Por Fernanda Souto     Foto Reprodução/ TV Globo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), assinou um contrato com o laboratório chinês Sinovac para receber 46 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. O acordo foi assinado por Doria e o diretor do Sinovac, Weining Meng, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, nesta quarta-feira (30).

A vacina CoronaVac ainda está em testes entre profissionais de saúde brasileiros. No entanto, ainda na coletiva, o governador anunciou que a vacinação de profissionais de saúde deve ter início em 15 de dezembro.

“O início da vacinação, previsto até aqui para começar no dia 15 de dezembro, em São Paulo, com os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, paramédicos, aqueles que atuam em hospitais públicos e privados e em todas as unidades de saúde, unidades públicas, municipais, estaduais e do governo do estado de São Paulo”, disse Doria.

“Os testes seguem até 15 de outubro. Mas estamos confiantes no resultado dessa vacina. Estamos avançando positivamente com esperança de que essa será uma das mais promissoras vacinas contra a covid-19. Vamos respeitar os procedimentos de testagem, e após aprovação da Anvisa, o início da vacinação está previsto para começar no dia 15 de dezembro, começando pelos profissionais da saúde”, acrescentou Doria.

De acordo com Doria, o valor pago pelo estado para a Sinovac é de US$ 90 milhões. Até dezembro, a farmacêutica chinesa vai enviar 6 milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão finalizadas em São Paulo.

Até agora não se sabe se a mesma vacina será distribuída em todos os estados brasileiros. Segundo Doria, a distribuição em nível nacional depende do Ministério da Saúde. Caso não haja acordo com o governo federal, São Paulo fará apenas a imunização estadual.

“Quero deixar claro também, se houver uma circunstância deste tipo, repito, não é a perspectiva que temos nem as indicações que possuímos mas, se tivermos atitude de ordem política, ideológica e discriminatória em relação a São Paulo, São Paulo faz a importação e imunização dos brasileiros aqui em São Paulo”, disse Doria se o governo federal não aceitar o acordo.



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