Saúde


Eficácia geral da CoronoVac é de 50,38% no Brasil, diz Instituto Butantan


Publicado 12 de janeiro de 2021 às 14:31     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ Instituto Butantan

A vacina CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil, segundo informou o Instituto Butantan em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (12). A taxa é um pouco a mais que o mínimo de 50% determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovar o imunizante.

O dado foi informado à Anvisa no pedido de registro emergencial da vacina e parece muito inferior ao que foi divulgado há uma semana, quando a eficácia era de 78% em casos leves e 100% em casos graves. No entanto, vale ressaltar que, chamado de eficácia global, o índice aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos – sejam eles leves, moderados ou graves.

A taxa de eficácia anterior foi calculada considerando somente casos de covid-19 com pontuação maior ou igual a 3. O cálculo compara o número de casos entre o grupo vacinado e o grupo que recebeu placebo. Portanto, a eficácia de 78% aponta o quanto a vacina é capaz de prevenir casos em que é confirmada a infecção pelo coronavírus, sintomática, e com necessidade de intervenção médica.

“Essa vacina tem segurança, tem eficácia, e todos os requisitos que justificam o uso emergencial”, defendeu o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, durante o anúncio.

“A gente tinha previsto que a vacina tinha que ter uma eficácia menor em casos mais leves e uma eficácia maior em casos moderados e graves e nós conseguimos demonstrar esse efeito biológico esperado. Esta é uma vacina eficaz. Temos uma vacina que consegue controlar a pandemia através desse efeito esperado que é a diminuição da intensidade da doença clínica” afirmou odiretor de pesquisa do Instituto Butantan, Ricardo Palácios.

Os testes foram feitos em 12.508 voluntários no país, todos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, em 16 centros de pesquisa.

O uso emergencial do imunizante segue em análise na Anvisa. Os dados foram apresentados à agência e 48% dos dados foram analisados pela entidade até esta segunda-feira (11)



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