Saúde


Estudo brasileiro diz que a hidroxicloroquina não tem eficácia para tratar vítimas do coronavírus


Publicado 23 de julho de 2020 às 18:00     Por Fernanda Souto     Foto Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

O uso da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves ou moderados do novo coronavírus (Covid-19) não promove melhoria na evolução clínica deles. Esta é uma conclusão de uma pesquisa feita pela coalizão formada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Síria-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica (BCRI) e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). As informações foram divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, nesta quinta-feira (23).

A pesquisa foi feita com 665 pessoas e houve a divisão em três grupos. Um grupo com 217 pacientes foram medicados com hidroxicloroquina e azitromicina. No outro com 221 pacientes, receberam hidroxicloroquina. No terceiro com 227, não usaram nenhuma das duas drogas e sim, somente, o suporte clínico.

Nos dois grupos em que houve uso da hidroxicloroquina, tiveram mais alterações nos exames de eletrocardiograma. Além disso, também houve mais mudanças nos exames que podem mostrar lesões hepáticas.

“Primeiro estudo demonstrativo de uso de hidroxicloroquina sozinha ou associada a azitromicina não é o melhor para a evolução de pacientes hospitalizados com quadros leves moderados de Covid-19″, afirma Otávio Berwanger, diretor da Academic Organização de Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein e integrante da Coalizão Covid-19 Brasil.



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