Coronavírus


Fiocruz indica vacina contra coronavírus para parte da população a partir de fevereiro de 2021


Publicado 26 de julho de 2020 às 18:27     Por Eduardo Costa     Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pesquisadores da Fiocruz mostram confiança para uma vacina inicial contra o novo coronavírus para fevereiro de 2021, e visando um público específico. A informação foi dada pela vice-diretora de Qualidade da Bio-Manguinhos (Fiocruz), Rosane Cuber Guimarães, em entrevista ao programa Impressões, da TV Brasil.

Os resultados recentes divulgados pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, deixam os pesquisadores brasileiros mais otimistas. As pesquisas das fases 1 e 2 na pesquisa descartaram efeitos adversos graves provocados pela vacina, registrando apenas pequenos sintomas.

A fase 3 terá o Brasil como um dos países participantes. Os testes estão a cargo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e de outras instituições parceiras. A expectativa é detectar a capacidade de imunização das doses e, a partir daí, a Fiocruz (parceira brasileira de Oxford) poderá importar o princípio ativo concentrado, que será convertido inicialmente em 30 milhões de doses a serem aplicadas em parcela da população.

“Estamos recebendo agora apenas 30 milhões de doses porque precisamos, antes de liberar a vacina, ter certeza da comprovação da eficácia dela. Então nós adquirimos 30 milhões de doses no risco e, se a vacina se comprovar eficaz, vamos receber mais 70 milhões de doses, totalizando, para o país, no primeiro ano, 100 milhões de doses de vacinas”, disse Rosane em entrevista que irá ao ar neste domingo (26), na TV Brasil.

A Bio-Manguinhos será responsável pela formulação final das vacinas, além de envasar, rotular e entregar o material para que o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde faça a distribuição. As primeiras doses devem ser destinadas aos grupos de risco. A expectativa é que o país passe a produzir nacionalmente a vacina a partir do segundo semestre de 2021. “Paralelamente a isso, precisamos avaliar se será necessária apenas uma dose da vacina, se serão necessárias duas doses, se será necessário revacinar”, continuou Rosane.

Por conta dos altos índices de covid-19, o país é um dos principais alvos de pesquisas no mundo. Outras vacinas estão sendo testadas aqui, como a da pesquisa desenvolvida pela parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac. Nas próprias instalações da Bio-Manguinhos, cientistas brasileiros desenvolvem dois estudos (em fase pré-clínica) com experimentos em animais.



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