Coronavírus


Governo de Rondônia fraudou número de vagas de UTI para evitar decreto de isolamento, diz MP


Publicado 26 de janeiro de 2021 às 14:31     Por Larissa Barros     Foto Divulgação /HCPA

O governo do Estado de Rondônia teria fraudado o número de vagas nos leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de pacientes com covid-19 durante os meses de dezembro e janeiro para evitar que o estado fosse obrigado a decretar medidas de isolamento mais rígidas. A informação foi divulgada pelo Uol, nesta terça-feira (26).

De acordo com a publicação, a denúncia da suposta fraude foi feita pelo Ministério Público de Rondônia, que deu início a um inquérito civil público para investigar e apontar os responsáveis pela inclusão dos números de leitos nos relatórios diários de ocupação das unidades de saúde.

Segundo o promotor e coordenador estadual da força tarefa da covid-19 do MP-RO, Geraldo Henrique Guimarães, os dados incluídos se referem a 30 leitos de UTI e 23 clínicos do Hospital de Campanha da Zona Leste que foi desativado em 14 de outubro.

“Para poder camuflar os dados do relatório eles continuavam lançando esses leitos, mesmo estando inativos. E não só estavam inativos, como não havia nem sequer a possibilidade de ativá-los a qualquer momento por absoluta falta de profissionais médicos”, afirmou.

Atualmente, a capital de Rondônia, Porto Velho enfrenta uma crise na saúde pública por causa do excesso de casos de covid-19 e da necessidade de transferir pacientes por falta de vagas em unidades de saúde.

 



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