Educação


Índice de contaminação pela covid-19 é maior entre professores e gestão de escolas da rede estadual em Sergipe


Publicado 15 de dezembro de 2020 às 15:22     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ Seduc

O índice de contaminação pelo coronavírus entre professores e os cargos de gestão e direção é maior que entre os estudantes da rede estadual, em Sergipe, de acordo com o professor e coordenador da Força Tarefa contra a covid-19, Lysandro Borges. Os dados do inquérito sorológico que está sendo realizado nas escolas foram apresentados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS), na tarde desta segunda-feira (14).

Segundo o inquérito que está sendo realizado de forma amostral pela UFS, 14 escolas da rede estadual já tiveram estudo concluído e mais sete estão em análise. O previsto é testar 6 mil docentes e estudantes em 28 municípios do estado ao longo de um mês de trabalho, que se encerra na próxima terça-feira (22).

De acordo com Borges, a testagem foi dividida por Diretorias Regionais de Educação, em que os municípios com maior quantidade de alunos foram escolhidos. Já para a realização dos exames para detecção da covid-19, a equipe dividiu o público-alvo em quatro categorias básicas: estudantes, professores, gestão e direção, e demais funcionários.

O professor ainda explicou que os resultados parciais mostram o perfil da pandemia, em Sergipe, com um aumento nos municípios pequenos e uma redução na Grande Aracaju.

Ele também alertou sobre a biossegurança das escolas. “Todos esses testes começaram nos primeiros dias de aula. Nenhuma escola estava funcionando até começarmos a testagem. Então não se pode dizer que as pessoas se contaminaram no ambiente escolar. A gente pode inferir que isso aconteceu antes da abertura das escolas”, afirmou.

Já o superintendente executivo da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), professor José Ricardo Santana, frisou que a testagem não é condição para retorno de aula presencial determinado pelo Comitê Científico.

“Nas escolas nós fizemos todo o trabalho de prevenção, mas temos que testar também a comunidade. O que a gente faz agora é a recomendação para a continuidade ou não das atividades. A prioridade da Seduc é que seja atendida toda e qualquer medida de biosegurança para que tenha a garantia da preservação dos estudantes, comunidade e professores, e para isso, as escolas seguem a orientação da Saúde, seja estadual ou dos municípios”, disse.

Segundo Santana, onde houver acima de 30% de testagem positiva, é determinada a paralisação das atividades por 14 dias e nesse período dverá ser feito a higienização do ambiente escolar.



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