Política


Ministério da Saúde articula plano de imunização contra coronavírus para 2021 sem saber qual vacina utilizar, diz site


Publicado 01 de dezembro de 2020 às 11:00     Por Eduardo Costa     Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Ministério da Saúde está arquitetando um plano de imunização contra o novo coronavírus no Brasil com a meta de vacinar cerca de 80 milhões de pessoas em 2021, mas sem saber quais vacinas estarão disponíveis para aplicação. O governo está descartando a possibilidade de vacinação em massa da população no ano que vem. A informação é do portal Metrópoles.

A ideia é que a vacinação foque em grupos de risco, priorizando pessoas idosas e com comorbidades. Trabalhadores da saúde também serão visados inicialmente. Mas o Ministério da Saúde acredita que não haverá doses para toda a população. Ademais, o Brasil está montando um calendário de imunização sem saber quais vacinas serão aplicadas.

Enquanto vários países europeus e os Estados Unidos estão apostando em vários imunizantes, o Brasil está concentrado na vacina da Oxford, e tenta planejar a distribuição de doses. As principais vacinas em desenvolvimento no país Brasil são a de Oxford e do AstraZeneca e a CoronaVac. Esta é fruto de parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório Sinovac.

Nesta terça (1º), um grupo de trabalho irá se reunir para discussão de critérios como responsabilidades de municípios e estados, e logísticas de trabalho. As doses serão enviadas aos estados, que serão responsáveis pela distribuição. A dificuldade em traçar uma estratégia se dá justamente porque a Saúde ainda não sabe qual vacina será utilizada, nem a quantidade de doses e condições de armazenamento.

Ao todo, o governo planeja oferecer cerca de 142 milhões de doses no primeiro semestre de 2021. Em nota ao Metrópoles, o Ministério da Saúde afirmou: “O país, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), conta com grande expertise na realização de campanhas de vacinação, e esse conhecimento, inclusive na logística, será utilizado na imunização contra a Covid-19 – que seguirá os trâmites já realizados nas campanhas do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

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