Saúde


Ministério da Saúde diz que inglês insuficiente dificultou adesão de vacinas pelo Covax Facility


Publicado 14 de julho de 2021 às 17:07     Por Fernanda Souto     Foto Tânia Rego/ Agência Brasil

A consultoria jurídica do Ministério da Saúde afirmou que o conhecimento insuficiente em inglês dificultou a adesão de vacinas contra a covid-19 através do consórcio Covax Facility. As informações foram enviadas para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado e divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (14).

O consórcio foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para distribuir imunizantes contra a covid-19 para países com poucas condições de adquiri-las. O Brasil recebeu a cota mínima com 42,5 milhões de doses. A quantidade é o suficiente para imunizar cerca de 10% da população brasileira.

Segundo a Folha, o consultor da pasta alegou também no documento a impossibilidade de “apontar todos os riscos e requisitos para tal adesão” em um curto espaço de tempo. Os documentos chegaram no dia 24 de setembro de 2020 com prazo de resposta para o dia seguinte. O Brasil só aderiu ao consórcio em março de 2021.

Mesmo supondo que havia riscos jurídicos, o consultor do Ministério alegou que a adesão estaria autorizada pelas medidas provisórias editadas pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido) dias antes.

A pasta justificou a adesão da cota mínima das vacinas alegando que a vacinação deveria se voltar aos “grupos de risco”. O documento, da Secretaria Executiva do órgão, argumenta que não seria necessário vacinar toda a população.



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