O Ministério da Saúde gastou somente 29% do recursos emergenciais para combater o novo coronavírus (covid-19), segundo uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Dos R$ 38,9 bilhões que foram prometidos, apenas R$ 11,4 bilhões foram gastos até o dia 25 de junho. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (21).

Segundo a publicação, tanto as despesas do ministério quanto aquelas feitas por meio de transferência a estados e municípios ficaram abaixo do valor prometido. No primeiro caso, os pagamentos que foram realizados estavam em 11,4% do previsto. Os estados receberam 39% da verba anunciada e os municípios, 36%.

Por causa do ritmo na destinação do dinheiro, o Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para investigar uma possível insuficiência e lentidão na execução dos recursos por parte do Ministério da Saúde. Além disso, a investigação apura se houve omissão no socorro financeiro aos estados e municípios brasileiros.

O MPF e o TCU encaminharam vários questionamentos à pasta, principalmente sobre a diminuição das transferências de verbas a estados e municípios no mês de abril, quando a pandemia crescia no país; aos parâmetros para definir o montante que deverá ser enviado aos governos locais; bem como ao planejamento e cronograma para o repasse da verba disponível.

A conclusão do relatório de auditoria feita pelo TCU diz que o Ministério da Saúde não apresentou as respostas dos questionamentos.