Coronavírus


Morte que suspendeu testes da Coronavac não teve relação com a vacina, diz governo de SP


Publicado 10 de novembro de 2020 às 16:00     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ Instituto Butantan

Após a suspensão dos ensaios clínicos da Coronavac, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que o “evento” que levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomar a decisão foi um fator externo, sem nenhuma relação com a vacina chinesa contra o coronavírus, nesta terça-feira (10).

“Nesse caso, tivemos evento externo que colaborou para haver notificação ao órgão regulador”, disse. “Quero me solidarizar com família e amigos frente ao ocorrido e tranquilizo a todos voluntários que essa vacina é segura”, completou.

A agência comunicou que decidiu interromper o ensaio clínico da vacina após a ocorrência de um “evento adverso grave” em 29 de outubro, sem dar mais informações. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que foi por causa da morte de um voluntário e que não tem relação com a vacina.

“Quando fazemos teste clínico, é esperado que tenham reações adversas e efeitos adversos. É uma distinção importante. Nesse estudo clínico, existiram reações adversas. Eu mesmo já apresentei aqui esses dados. Reações que foram leves. Mas não tivemos reações adversas graves. Uma reação adversa tem relação com a vacina”, disse. “Eu digo a vocês que a conclusão do relatório é exatamente isso. O evento foi analisado e não tem relação com a vacina”, acrescentou.

“Sempre respeitaremos os dados do paciente em questão, entendendo que evento adverso grave é todo aquele que envolve pessoa que está no estudo. Por exemplo um atropelamento é um evento grave para a pessoa, mas não está relacionado com vacina. Dessa maneira, nesse caso tivemos evento externo que colaborou para haver notificação ao órgão regulador”, explicou Covas.

Também nesta terça-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou a suspensão dos testes da vacina e afirmou que ela causa “morte, invalidez e anomalia”. Ele ainda ironizou o governador de São Paulo, João Dória (PSDB) e disse: “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”.

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