Saúde


Mortes por covid-19 em julho de 2021 superam as de julho do ano passado, mês com maior registro em 2020


Publicado 28 de julho de 2021 às 17:05     Por Redação AjuNews     Foto Rovena Rosa / Agência Brasil

O Brasil registrou 33.660 mortes pela covid-19, desde o início do mês de julho até esta terça-feira (27), segundo dados do consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias de Saúde do país. Embora tenha sido registrada queda de óbitos no país em relação aos últimos meses, o número é maior do que o de julho do ano passado, pior mês da pandemia em 2020, com 32.912 mortes. As informações foram publicadas pelo G1.

De acordo com o levantamento, os dados mostram que a média móvel das mortes no Brasil estava em tendência de queda até o dia 22 e, desde o dia 23, está em estabilidade. Em julho, o número de mortes é, até o momento, 39% menor que em junho. Já em relação a abril, a queda é de 59%.

A epidemiologista Lucia Pellanda, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), afirma que essa queda no número de mortes é uma consequência da vacinação, no entanto, a reabertura e a retomada de atividades não estão sendo feitas no momento mais recomendado.

“Essa parece uma lição muito explícita que o vírus quer nos ensinar e a gente se recusa a aprender – a gente sempre flexibiliza antes da hora. Tanto no Brasil quanto globalmente. O grande risco é que, quando começa a melhorar, a gente começa a liberar tudo antes da hora. Todas as vezes aconteceu isso: cada descenso de pico a gente liberou antes da hora e acabou ficando num patamar alto”, alertou a especialista.

Ainda de acordo com a epidemiologista, os cuidados tomados desde o início da pandemia devem continuar mesmo com a imunização. “A gente precisa de vacinação mais os cuidados – que é distanciamento, máscara, ventilação. Como isso foi muito flexibilizado, a gente está com uma transmissão muito descontrolada. Qual o risco? Surgimento de novas variantes”, alerta Pellanda. “Vacina é uma coisa maravilhosa, mas a gente precisa de vacina e comportamento, cuidados, e cuidados coletivos”.



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