Um dia após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que o governo federal não vai comprar doses da vacina contra a covid-19, Coronavac, mesmo que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o aprove, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que os estados poderão adquirir o imunizante por conta própria. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira (22).

De acordo com Mourão, as condições para a vacina é que haja uma certificação da Anvisa sobre a eficácia contra a covid-19. “Todo mundo pode comprar. O estado pode comprar, os estados né, eles tem recurso também. Desde que a Anvisa certifique. A Anvisa só vai certificar aquilo que está comprovadamente testado”, destacou o vice-presidente.

Depois que o Ministério da Saúde incluiu somente o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca no calendário do Programa Nacional de Imunizações da pasta, governadores e parlamentares começaram a articular uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para pressioná-lo a incluir também a Coronavac, vacina criada pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, no cronograma de 2021.

Nesta terça-feira (20), o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), participou de uma reunião com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e outros governadores para tratar da distribuição da vacina no país. Na quarta-feira (21), o Bolsonaro afirmou que o governo federal não comprará a vacina Coronavac, que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

De acordo com o presidente, antes de ser disponibilizada para a população em massa, a vacina deve ser “comprovada cientificamente” pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa.