Cidades


MP pede esclarecimento do governo de Sergipe sobre monitoramento de leitos da rede privada


Publicado 17 de julho de 2020 às 15:00     Por Larissa Barros     Foto Divulgação / Governo de Sergipe

O Ministério Público de Sergipe (MP-SE) pediu que o governo do estado esclareça como é feito o monitoramento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao atendimento de pacientes diagnosticados com covid-19 nos hospitais privados.

Segundo a promotora de Justiça Euza Missano, os dados que estão sendo apresentados nos boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) não correspondem ao número de leitos que foram repassados pelos hospitais cinco hospitais particulares de Aracaju.

“Com base no Decreto Estadual 40.598/20, o Estado deverá monitorar o número de leitos dedicados à assistência aos pacientes com a covid-19 por cada hospital e a correspondente taxa de ocupação. Os números apresentados ao Ministério Público pelos hospitais privados, em audiências, não têm correspondido aos números informados nos boletins do Estado”, frisou a promotora de Justiça Euza Missano.

Segundo o órgão, na última audiência realizada, no dia 01 de julho, pelo MP-SE com os hospitais privados, o quantitativo de leitos de UTI reservados para atender pacientes com covid-19 era de 30 leitos. Sendo Hospital da Unimed (10 leitos de UTI e 09 leitos de unidade de tratamento semi-intensivo), Hospital São Lucas (20 leitos de UTI e 10 para emergência), Hospital Primavera (10 leitos de UTI e 10 para emergência), Hospital Renascença (10 leitos de UTI), Hospital Gabriel Soares (10 leitos de UTI e 10 para emergência).

Para a promotora, o monitoramento feito pelo governo deve espelhar o quantitativo de leitos dedicados à covid-19 e a taxa de ocupação, que oscila com frequência.

“Nos hospitais privados, conforme informações, a lotação chega a ultrapassar 100%. É extremamente importante que os números representem a realidade para que a população tenha ciência e evite qualquer forma de sobrecarga no sistema, que já se encontra praticamente esgotado”, destacou a Euza Missano.

Segundo o boletim divulgado pela pasta, nesta quinta-feira (16), na rede privada a taxa de ocupação na UTI adulto chegou a 94,,6%, já na privada foi registrado a taxa de 81,4%.

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