Saúde


Nova máscara desenvolvida pela UFS ajuda a reduzir necessidade de UTI para pacientes com covid-19


Publicado 02 de abril de 2021 às 11:20     Por Roberta Cesar     Foto Reprodução / UFS

Uma máscara de ventilação não-invasiva (Spirandi) foi desenvolvida para auxiliar no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus (covid-19) que apresentam um quadro leve ou moderado. A inovação já está sendo usada por pacientes do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), do Hospital Fernando Franco e do Hospital São José.

A Spirandi foi desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Instrumentação Eletrônica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com ajuda de pesquisadores e profissionais externos. Dentre os profissionais envolvidos estão os professores de Engenharia Elétrica da UFS, Elyson Carvalho e José Carvalho.

O professor José explicou que o principal objetivo do sistema é permitir a utilização de tratamentos menos invasivos, por meio de pressões positivas nas vias aéreas do paciente. De acordo com ele, a máscara também foi pensada para diminuir o risco de contaminação do ambiente.

“O sistema foi desenvolvido de modo que uma pequena ‘mangueira’ leva o ar até o interior da máscara, renovando rapidamente o ar para evitar a reinalação de CO². O ar exalado pelo paciente é arrastado pelo fluxo de entrada e conduzido pelo interior de uma traqueia de silicone até um filtro Hepa. Depois da filtragem, o ar passa por uma válvula mecânica, que é utilizada para ajustar a pressão interna, e só então vai para o ambiente”, esclarece.

A Spirandi pode ser conectada a uma tomada de gases ou cilindro de oxigênio, podendo ser utilizada em enfermarias, o que diminui a lotação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e tratamentos mais complexos. Além disso, conforme afirmou o grupo, o sistema é de baixo custo e de fácil montagem, facilitando o aproveitamento da máscara.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso