Política


Para militares, foco do país deve ser o combate ao vírus, não Bolsonaro


Publicado 20 de abril de 2020 às 11:30     Por Peu Moraes     Foto Marcelo Camargo / Agência Brasil

Com quase 40.000 brasileiros infectados pelo novo coronavírus (covid-19) e uma lista de cerca de 2.500 mortes na pandemia, o país deve concentrar todas as suas energias no combate ao verdadeiro inimigo. A informação foi divulgada pelo colunista da revista Veja, Robson Bonin, nesta segunda-feira (20).

Na visão militar, o que interessa é o resultado da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sem tanques nem tropa para levar adiante um suposto golpe, o presidente tenta criar uma camuflagem ao seu despreparo como governante. Aí é que moram as questões importantes. “São malucos (os que foram aglomerar na frente do Quartel General do Exército). Tem que ignorar. Quem diz que isso (o golpe militar) é passado continua remoendo o passado. Tem que parar de dar atenção a isso e focar no que realmente interessa”, argumenta um militar.

No Exército, onde mais de 25.000 homens já arriscam as próprias vidas em defesa dos brasileiros nessa emergência global, os generais não estão fazendo contas para saber quantos tanques são necessários para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. O foco é o vírus. “Estamos na linha de frente, apoiando o governo federal, os governos estaduais e os municípios no combate a uma das maiores crises vividas pelo Brasil nos últimos tempos”, disse o comandante Edson Pujol.

“A construção de hospitais de campanha, a desinfecção de instalações públicas, a produção de medicamentos e de materiais de proteção individual, a distribuição de alimentos e a participação em campanhas de conscientização, vacinação e doação de sangue, além de muitas outras ações, já empregam, diariamente, mais de 25.000 militares do Exército em todas as regiões do país”.



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