Mesmo após sete meses do início da pandemia, pesquisas da vacina contra o novo coronavírus (covid-19) no Brasil sofrem com a falta de investimento. Ao menos 11 pesquisas para candidatas ao imunizante estão em desenvolvimento no país. As informações foram publicadas pelo site Metrópoles, neste sábado (31).

A maioria das vacinas ainda está na etapa de testagem em animais, fase inicial em estudos de imunizações. Estima-se que a substância comece a ser testada em humanos somente no segundo semestre de 2021. Um dos projetos desenvolvidos no Brasil utiliza a bactéria BCG.

À reportagem, o pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sérgio Costa, afirmou que o projeto desenvolvido por sua equipe utiliza a BCG (bactéria usada no imunizante contra a tuberculose), para produzir genes que serão expressados pelo Sars-CoV-2 (vírus da covid-19), fazendo com que o corpo a crie imunidade contra ele.

“A BCG é extremamente segura, usada há muitos anos, sem efeitos adversos. Pensamos em melhorá-la para que possa atuar nas duas frentes. Ela também tem um efeito de ativar o sistema imune de forma heterogênea, potencializando as defesas contra outras patologias”, explica. A pesquisa é desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto Butantan.