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Por causa de possível mutação do coronavírus, Dinamarca irá abater 17 milhões de visons
O governo da Dinamarca anunciou na última quarta-feira (4) que irá abater ao menos 17 milhões de visons em mais de 1.000 fazendas, por conta da preocupação de que uma mutação no novo coronavírus que infectou o vison possa interferir na eficácia da vacina para humanos. O abate ficará por conta das Forças Armadas.
O Instituto Estadual de Soro e o governo local alertaram e notificaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre uma possível mutação do vírus que afetaria vacinas futuras. O governo também afirmou que 12 pessoas na região da Jutlândia têm o vírus, e que ele mostra fraca reação a anticorpos.
A OMS confirmou ao jornal The New York Times que foi informado pela Dinamarca e que as descobertas estão sendo feitas. Mas para isso, teria que se eliminar a população de visons. Eles são animais da família das doninhas facilmente infectáveis. Eles são mantidos em condições de superlotação, o que é ideal para o vírus, e podem vir a morrer.
Em setembro, cientistas da Holanda relataram em artigo ainda não revisado que o vírus se propagava entre visons e humanos. O governo dinamarquês está descrevendo uma versão do vírus que se propaga de um para o outro. Foi concluído que não há evidências de que a mutação aumente o contágio, mas a Dinamarca já começou o sacrifício dos animais em questão.
O grupo de defesa Animal Protection Denmark recomendou uma solução de longo prazo. Segundo o grupo, a decisão correta seria acabar com a criação de visons e ajudar os fazendeiros em outra ocupação que não prejudique a saúde e o bem-estar animal. A morte dos visons pode acabar com a indústria de comércio e exportação de pele dos mesmos, atingindo vários produtores.
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