Cidades


Prefeitura e UFS firmam parceria para mapear coronavírus em Aracaju


Publicado 16 de abril de 2020 às 18:18     Por Larissa Barros     Foto Ana Lícia Menezes / Prefeitura Municipal de Aracaju

A prefeitura de Aracaju e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) firmaram uma parceria para mapear a situação do novo coronavírus (covid-19) na capital Sergipana. De acordo com o prefeito, Edvaldo Nogueira (PDT), o estudo fará um levantamento da distribuição dos casos da doença nos bairros da cidade. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16).

Segundo o chefe do executivo da capital, o estudo será feito a partir da realização de testes em pacientes com sintomas da covid-19, e também será feita uma avaliação da frequência de positividade da doença. .

“No primeiro momento, conseguimos cumprir com o que planejamos, que foi diminuir a possibilidade de contaminação para que não houvesse explosão de casos. Agora, vamos buscar a localização do vírus em nossa cidade, usando métodos científicos, testando as pessoas e, a partir daí, elaborando um mapa epidemiológico em Aracaju, mostrando por onde o coronavírus têm circulado. É um grande avanço, fruto de uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe”, afirmou o prefeito.

Ainda segundo Edvaldo, a elaboração do mapa “será fundamental para a tomada de decisões” em relação às medidas de enfrentamento da doença.

“Teremos condições de decidir sobre o distanciamento social, que pode ser diminuído ou aumentado, e sobre a forma de lidar com a doença, de acordo com o comportamento dela em cada pessoa. Tudo isso, sem estrangular a nossa rede de saúde. Sabemos que a quantidade de pessoas doentes vai aumentar, mas a nossa intenção é que isso aconteça gradativamente, sem causar estrangulamento no sistema. Vamos testar entre 50 a 150 pessoas por bairro, olhando idade, sexo, e com os dados coletados, vamos elaborar um mapa epidemiológico em nossa cidade”, disse.

Segundo o chefe do laboratório de Biologia Molecular do Hospital Universitário, Roque Almeida, a situação do vírus acontece de forma dinâmica e diferente também, porque a quantidade de pessoas doentes representa em torno de 15% a 20%, enquanto 80% das pessoas que entram em contato com o vírus são assintomáticas.

“ A gente não conhece essas pessoas, a não ser que elas passem pelo teste. A ideia, então, é fazer testes rápidos para ver quantas pessoas tiveram contato com o vírus, a prevalência, ou seja, a frequência de pessoas, por bairro, que entraram em contato com o vírus. A partir dessa análise teremos um panorama da circulação do vírus na cidade e saberemos como tomar medidas de prevenção nessas localidades”, declarou o chefe do laboratório.

Participaram da reunião os secretários municipais Jefferson Passos (Finanças), Carlos Cauê (Comunicação) e Waneska Barboza (Saúde); o professor e epidemiologista Enaldo Lima; a médica epidemiologista da Secretaria da Saúde de Aracaju, Fabrízia Dias, e a diretora de Vigilância e Atenção Básica em Saúde, Taíse Cavalcante.



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