Saúde


Secretário de Saúde de São Paulo diz que eficácia da CoronaVac não atingiu 90%


Publicado 25 de dezembro de 2020 às 10:29     Por Larissa Barros     Foto Divulgação / Butantan

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que a vacina contra a covid-19, CoronaVac não atingiu 90% de eficácia no Brasil e que sabia que “a efetividade jamais” atingiria este índice.

Segundo o Uol, os números anunciados pelo secretário, são inferiores aos do anunciado na quinta-feira (24), pela Turquia, que apresentou 91,25% de eficácia nos testes da fase 3 realizados no país.

“Todas as vacinas que são formuladas por fragmentos de vírus acabam produzindo menos anticorpos que com vírus vivos, que chamamos atenuados, como sarampo e febre amarela, que produzem proteção menor. Sabíamos que a efetividade jamais atingiria 90%, mas o que nós não imaginamos é que a empresa objetivava um resultado próximo em todos os países”, disse Gorinchteyn em entrevista para a rádio CBN.

De acordo com a publicação, por causa do sigilo contratual do Instituto Butantan, o secretário não informou a eficácia exata da vacina, mas garantiu que é superior a 50%, o mínimo, segundo ele, exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Não temos informação (da porcentagem) por questão de sigilo absoluto do Instituto Butantan, mas não atingiu 90% e mesmo não atingindo isso, os valores menores, acima de 50%, estão em níveis que nos permitem fazer redução de impacto de doença na população”, afirmou.

Por fim, Gorinchteyn garantiu também que mesmo com menos de 90% de eficácia, a vacina deve cumprir os requisitos para ser aprovada. “Não haverá risco de não termos a vacina do Butantã para a proteção de todos nós brasileiros”, disse.

Nesta quinta (24), o Instituto Butantan e o Governo do Estado de São Paulo não informaram a taxa de eficácia do teste do imunizante no país. No entanto, anunciaram que apresentou segurança e eficácia suficientes para pedir registro de uso emergencial.



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