Política


Senadores de Sergipe criticam demissão de Mandetta do Ministério da Saúde


Publicado 17 de abril de 2020 às 11:06     Por Peu Moraes     Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Os senadores representantes do estado de Sergipe lamentaram a exoneração de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (16), após divergências com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A senadora Maria do Carmo do Alves (DEM) agradeceu os serviços prestado pelo ex-ministro que comandou a pasta no governo federal por 16 meses, além de ressaltar seu empenho no combate à covid-19 e na viabilização de verbas para Sergipe.

“Hoje, o nosso companheiro de legenda, Luiz Henrique Mandetta, foi desligado da pasta da Saúde, onde desempenhou um trabalho de dedicação e grande responsabilidade no enfrentamento ao covid-19. Mandetta, quando à frente do ministério, sempre ajudou muito o estado de Sergipe, não só com liberação de recursos, mas também no atendimento aos pleitos que fizemos para nosso estado. Sergipe encontra-se melhor aparelhado e agradecemos o tratamento dispensado ao povo sergipano”, finalizou.

O líder do Partidos dos Trabalhadores no Senado e ex-secretário de Saúde de Sergipe, Rogério Carvalho, revelou que temia a mudança da equipe da equipe no Ministério da Saúde. “No epicentro de uma pandemia, é uma temeridade mudar a equipe de comando de um ministério com a importância do Ministério da Saúde, que é responsável pela coordenação de todas as ações sanitárias de combate ao coronavírus. Ficaremos ainda mais vigilantes em fiscalizar os desmandos do atual governo em relação às medidas de segurança que protegem do povo do contágio da pandemia”, disse ao AjuNews por meio da assessoria.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) afirmou que o presidente da República possui prerrogativa para mudar a equipe, mas lamentou a saída de Mandetta durante a pandemia. “O Jair Bolsonaro demitiu o Mandetta do Ministério da Saúde. É uma prerrogativa do PR, mas se lamenta que isso ocorra em meio à maior crise sanitária da história e sem motivação técnica. O substituto, Nelson Teich, tem currículo compatível com o cargo e se espera respeito à ciência”, disse.

Em outra postagem, Alessandro cobrou celeridade do novo ministro nas tratativas para conter à covid-19. “É preciso ganhar tempo. Alguém avisa o novo ministro que não temos testes no volume necessário para testagem em massa e que já existem centenas de pesquisas em andamento. Tem que trabalhar com a realidade. Não tem nenhum gestor mantendo isolamento por maldade. Faltam meios”, finalizou.



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