O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse, na reunião convocada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com todos os ministros, na segunda-feira (6), que só sairá do cargo demitido ou morto. Mandetta citou ensinamento do pai, o também médico ortopedista Hélio Mandetta, segundo o qual “não abandona paciente em nenhuma hipótese antes da cura”. As informações são da jornalista Laryssa Borges, do site Veja, publicadas nesta terça-feira (7).

No encontro, o ministro ainda afirmou que se o país não seguir à risca as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), corre o risco de apresentar o atual cenário do Equador. Em Guayaquil, a maior cidade equatoriana, vítimas fatais do novo coronavírus (covid-19) se aglomeram nas casas de parentes, corpos são deixados nas ruas, o sistema funerário local está em completo colapso e, com a falta de caixões suficientes, as pessoas estão sendo enterradas em grandes caixas improvisadas, feitas de papelão.

Após ameaça de demissão de Mandetta, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, convenceu Bolsonaro de que seria prudente prosseguir com as orientações dadas pela OMS. Segundo interlocutores ouvidos pela reportagem, a atuação do general e o cenário macabro descrito por Mandetta foram decisivos para que a demissão do ministro da Saúde fosse postergada.

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