Saúde
Teich sugere flexibilização do isolamento e diz que recuará em caso de erro
O ministro da Saúde Nelson Teich disse, nesta quarta-feira (22), que é impossível que o país sobreviva a mais de um ano parado e defendeu a construção de um “plano de saída” do isolamento social junto com estados e municípios. Ele ainda avaliou que falta de informações hoje sobre a doença dificulta tomar decisões.
Segundo Teich, serão consideradas as particularidades de cada lugar, bem como o avanço da doença em cada região. “O afastamento [social] é uma medida natural e lógica no início, mas não pode ser aplicado sem um plano de saída”, afirmou o ministro. Teich também anunciou que o general Eduardo Pazuello será o novo secretário-executivo da Saúde, o número dois da pasta.
Depois de o ministério registrar mais 165 mortes por covid-19 —o total de óbitos chega a 2.906— e 45.757 casos confirmados no país, Teich afirmou que o “Brasil é um dos países que melhor performa em relação à covid” e que o número pessoas infectadas é baixo se comparado com o total da população brasileira.
O ministro citou que o Brasil tem 8,7 de taxa de mortos por cada um milhão de habitantes, mas, pelos números oficiais mais recentes, essa taxa está em 13,7. Ainda assim, o número é, como Teich disse, muitas vezes menor que o da Espanha ou que nos EUA (135 por milhão) —embora o ministro também tenha citado as taxas desses países de forma equivocada.
Teich acredita que, mantendo-se as taxas atuais, o Brasil não atingirá a estimativa de 70% da população em contato com a doença. Prometeu recuar em caso de erro de cálculo. “O monitoramento contínuo vai ter indicadores que dizem: ‘volta’. Quando você conhece pouco alguma coisa, você não consegue prever o que vai acontecer. Então tem que ser rápido o bastante para fazer um diagnóstico e tomar atitude”, disse. “Então uma das coisas que vai ter é: se acontecer isso aqui, recua”.
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