Saúde


Testes rápidos doados têm limitações, mas atendem necessidade atual, diz ministério


Publicado 03 de abril de 2020 às 10:42     Por Redação AjuNews     Foto Divulgação / Josué Damacena / FioCruz

Após uma análise apontar que testes rápidos para o novo coronavírus (covid-19) doados pela Vale têm 75% de chance de errar em resultados negativos, o Ministério da Saúde divulgou uma nota em que reconhece as limitações, mas afirma que o modelo atende à necessidade atual de uso por profissionais de saúde. As  informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (3).

Em nota, o ministério diz que os testes rápidos “têm alta eficiência para testagem de casos positivos, embora apresentem limitações.” “Os testes atendem à necessidade do Brasil, que é detectar profissionais da área de saúde e de segurança pública que estejam positivos para infecção por coronavírus, auxiliando no diagnóstico clínico”, diz a pasta.

A posição ocorre após a pasta divulgar um documento a gestores estaduais e municipais de saúde em que afirma que, nas análises que apontam negativo para a Covid-19, a probabilidade que o resultado reflita a realidade é de apenas 25% indicador chamado de valor preditivo negativo. Para especialistas, o baixo índice de acerto em casos negativos é explicado pela divergência entre a sensibilidade e especificidade do produto apresentada pelo fabricante chinês em bula e a certificada por uma rede de laboratórios no Brasil.

Em geral, os testes rápidos detectam a presença de anticorpos, que são as defesas produzidas pelo corpo humano contra o vírus. O corpo, porém, demora a produzir os anticorpos –daí o risco de falso negativo. O baixo índice de acerto em resultado negativo pode variar em diferentes tipos de testes.



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