Coronavírus


Vacina de Oxford é segura e gerou resposta imune contra covid-19, aponta estudo


Publicado 20 de julho de 2020 às 18:26     Por Redação AjuNews     Foto Divulgação

Apresentou um bom resultado contra o novo coronavírus (covid-19) a vacina da Universidade de Oxford em parceria com a biofarmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, segundo estudo publicado nesta segunda-feira (20) na revista científica The Lancet. As informações são da revista Exame.

O estudo foi do tipo randômico, com grupo de controle (que recebeu uma vacina de meningite) e cego (no qual os voluntários não sabem qual medicamento foi administrado), e realizado com cerca de 1.077 pessoas saudáveis. Os resultados são das fases 1 e 2 da vacina.

A vacina desenvolvida pela universidade britânica, uma das três opções que estão na versão da fase 3 de testes segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de acordo com o estudo, pode ser ainda mais efetiva quando uma segunda dose é administrada. A resposta imune chamada de célula T é produzida 14 dias após uma primeira dose e os anticorpos apareceram depois de 28 dias.

Segundo os especialistas, os efeitos colaterais foram pequenos e puderam ser reduzidos quando os pacientes tomaram paracetamol. Entre eles estava fadiga (70% dos que tomaram a vacina contra covid-19), 68% tiveram dores de cabeça. Outros efeitos foram dor no local da injeção, dores musculares, calafrios, estado febril e temperaturas altas.

Outros estudos ainda devem ser feitos, inclusive em idosos, para garantir a segurança da vacina. Os pesquisadores acreditam que uma vacina ideal contra o vírus deve ser efetiva após uma ou duas doses, trabalhar em grupos de risco, como adultos e pessoas com condições pré-existentes, garantir uma proteção de, no mínimo, seis meses e reduzir a infecção pelo SARS-CoV-2.

O estudo ainda é muito preliminar para saber se a vacina preenche todos os requisitos, mas as fases dois (que ainda estão ocorrendo no Reino Unido) e três de testes (acontecendo no Reino Unido, Brasil e África do Sul) devem garantir a eficácia completa dela.

Os dados foram coletados entre os dias 23 de abril e 29 de maio e os testes ainda estão acontecendo. Essa foi a primeira divulgação dos dados relacionados à vacina de Oxford.

A divulgação dos dados acontece após a AstraZeneca ser fortemente pressionada por seus investidores a mostrar resultados positivos. Na quarta passada, quando a empresa anunciou que teria um estudo publicado nesta segunda e a mídia britânica afirmou que a vacina teria obtido sucesso, as ações subiram em 5,2%, o que adicionou cerca de 7,4 bilhões de dólares no valor de mercado da biofarmacêutica. As ações, no entanto, caíram 0,7% em Londres já na quinta-feira.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso