O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a questionar se crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) foi causada por ele mesmo. “Vamos enfrentar o problema? Ou o problema é o presidente?”, disse Bolsonaro a um grupo de apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (30). As informações são do jornal O Globo, publicadas nesta segunda.

O presidente voltou a reclamar de quem critica as decisões tomadas e que é ele que tem a responsabilidade de decidir, não apenas sobre a questão de vidas, mas também da economia e do emprego. “Essa responsabilidade que não temos ainda perante ou por parte de entidades e pessoas importantes no Brasil. Atiram numa pessoa só, o alvo sou eu. Se o Bolsonaro sair e voltar…e entrar o Haddad ou outro qualquer, está resolvido o problema. Essa realidade tem que ser mudada”, declarou.

Após a fala, uma das apoiadoras que estavam no local pediu que Bolsonaro mantivesse o apoio ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mas presidente não respondeu. “Mas dá apoio ao Mandetta. Mantenha ele. Não dê munição ao inimigo, não”, disse a apoiadora.

Após ida ao comércio do Distrito Federal, no domingo (29), e ter sido criticado por ter gerado aglomerações nos locais onde esteve, indo de encontro a recomendações do órgãos de saúde, Bolsonaro negou que tenha ido à passeio.“Fui ontem em Ceilândia e Taguatinga. Não fui passear, não, fui ver o povo. Até um animal vai à luta para trazer sustento para seus filhos, o ser humano não é diferente. O pânico é uma doença, que está levando o pessoal ao stress”, declarou.

Na ocasião, o presidente voltou a minimizar os riscos do covid-19 com a alegação de que menos de zero vírgula zero alguma coisa acabam indo em óbito”, afirmou. A taxa, considerando os números oficiais de mortos e infectados no mundo, é de 4,7%.