Brasil
Após seis meses, óleo ainda permanece no litoral nordestino
Após os seis meses do maior acidente ambiental no litoral brasileiro, os especialistas que participam da investigação descartaram descobrir a causa do vazamento de óleo. Ao todo foram 1.009 praias afetadas, em todos os estados da região Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro. As informações foram publicadas pelo UOL, neste domingo (01).
Em entrevista, o professor Rivelino Martins Cavalcante, do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (UFC), afirma que a etapa para achar o causador do derramamento já se perdeu. “A etapa que a gente está não é mais de saber de onde veio, quem é o causador. Isso já se perdeu, teria dado certo se tivesse acontecido e a gente chegasse perto da fonte. Acho que agora é só avaliar os impactos”, explica.
O pesquisador ainda explicou que a dificuldade é porque a fonte do vazamento do óleo acabou. “E ele já se dissipou todo. Hoje, ele está em um tamanho micro e até molecular. Não tem mais como encontrar de onde ele saiu”, completou.
Essa opinião também foi compartilhada por outros cientistas, entre eles, o coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), Humberto Barbosa, que também relatou não ser possível achar o causador do acidente. “É muito provável que isso ocorra [que não achemos o causador]”, afirma. Ele integrou o grupo de cientistas que se debruçou nas investigações. O pesquisador junto com sua equipe chegaram a apontar navios suspeitos, mas que acabaram sendo descartados, após investigação.
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