Brasil
Cerca de 70 milhões têm acesso precário à internet na pandemia no Brasil
O mais recente estudo do departamento do Comitê Gestor da Internet (Cetic), que fiscaliza a adoção de tecnologias de informação há 15 anos, revelou que 25 milhões dos considerados mais pobres só usam a internet no celular. Segundo o Cetic, 44% dos que costumam ficar longe por períodos mais longos do meio virtual ou entraram uma única vez na rede são das classes D e E. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, neste sábado (16).
Há diferentes tipos de desigualdade relacionadas à conexão das redes. A desigualdade de primeiro nível é sobre ter ou não acesso a internet. Já a de segundo nível é sobre acessar, porém com algumas limitações.
Antes da pandemia do novo coronavírus (covid-19) ter o acesso restrito aos ambientes virtuais podia ser contornado. Mas nesse período de isolamento social as restrições ficaram mais evidentes.
As longas filas nas agências da Caixa para receber o auxílio emergencial, é um exemplo desta desigualdade digital. Além disso, o fato de muitas pessoas não terem conta bancária e o aplicativo “Caixa Tem”, mostrar instabilidades algumas vezes, deixou clara a dificuldade de acesso. E mesmo as operadoras liberando o uso do aplicativo para quem não tinha crédito no aparelho celular, os problemas para acessar continuaram.
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