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Cresce para nove o número de pessoas que perderam olho após mutirão de cirurgia
Izabel Maria dos Santos Souza, de 63 anos, foi uma das pacientes que perdeu o olho após infecção
Um mutirão de cirurgias de catarata , organizado pela Prefeitura de Parelhas , no Rio Grande do Norte , resultou em complicações graves para 15 pacientes, dos quais nove perderam a visão de um olho devido a uma infecção bacteriana .
A infecção foi causada por uma bactéria comum no intestino humano, segundo investigações preliminares, e afetou pacientes de diferentes idades, com a maioria das vítimas sendo idosos.
A Prefeitura de Parelhas se reuniu com os pacientes e seus familiares para fornecer atualizações sobre o caso e o andamento das investigações.
“Os pacientes puderam relatar sobre suas condições de saúde e os representantes da prefeitura reforçaram que todo o acompanhamento e suporte às famílias permanece ativo”, informou a administração local.
Durante a reunião, a prefeitura também comunicou que “posicionou os pacientes sobre a aquisição de próteses oculares”, uma medida tomada para auxiliar aqueles que perderam a visão de um olho.
Além disso, a Prefeitura destacou que está aberta à defesa das vítimas e que está à disposição para indenizá-las.
O caso
O mutirão de cirurgias foi organizado por um prefeito que está em campanha de reeleição, e as operações foram realizadas em uma maternidade local, já que a cidade não possui um hospital próprio.
A oposição questionou a legalidade da iniciativa, argumentando que a ação poderia configurar abuso de poder, uma vez que o mutirão foi realizado durante o período eleitoral.
Em resposta, a Prefeitura de Parelhas defendeu a medida, alegando que foi realizada para atender à demanda da população por cirurgias oftalmológicas, e que o pagamento pelos serviços prestados está condicionado ao resultado das investigações sobre o caso.
A infecção bacteriana que resultou na perda de visão de alguns pacientes segue sendo investigada pelas autoridades de saúde.
As cirurgias realizadas no mutirão foram todas custeadas com recursos públicos, e a prefeitura aguarda os laudos médicos e a conclusão das investigações para tomar novas medidas.
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