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Ex-PRFs são condenados pela morte de Genivaldo Santos em Sergipe


Publicado 07 de dezembro de 2024 às 07:16     Por Rita     Foto Rita

Após 2 anos, 6 meses e 14 diasda abordagem que matou Genivaldo Santos, de 38 anos, em Umbaúba (Sergipe),os ex-policiais rodoviários federais William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho foram condenados, nas primeiras horas deste sábado (7). A vítima morreu asfixiada após ter sido  trancado no porta-malas da viatura e submetido a inalar gás lacrimogêneo,  maio de 2022. O caso repercutiu mundialmente.

Eles eram acusados por tortura e homicídio triplamente qualificado. No entanto, o Júri Popular desclassificou o crime de homicídio doloso para os réusWilliam Noia e Kleber Freitas, que passaram a responder por tortura seguida de morte e homicídio culposo – quando não há intenção de matar, sendo sentenciados diretamente pelo juiz federal Rafael Soares Souza, da 7ª Vara Federal em Sergipe. Já Paulo Rodolpho, foi sentenciado pelo Júri Popular que o absolveu pelo crime de tortura e o condenou pelo homicídio triplamente qualificado.

William Noia, que abordou Genivaldo desde o início da ocorrência e segurou a porta da viatura após a bomba de gás lacrimogêneo ter sido jogada no porta-malas, recebeu pena de 23 anos, um mês e 9 dias.

Kleber Freitas, que fez, por cinco vezes, uso de spray de pimenta contra Genivaldo, recebeu pena de 23 anos, um mês e 9 dias.

Paulo Rodolpho, que chegou após a abordagem já iniciada, jogou a bomba e segurou a porta,recebeu pena de 28 anos.

As defesas dos réus ainda podem recorrer da decisão.

Após a sentença, a irmã de Genivaldo, Laura de Jesus Santos, falou que apesar da condenação o sentimento da família não é de felicidade.

 

“Foi um resultado satisfatório, embora a gente não fique feliz com a desgraça de ninguém. Acalma, mas felicidade não traz”, disse .

Os ex-pega estão presos desde 14  de outubro de 2022 e foram demitidos da PRF após determinação do Ministro da Justiça em agosto de 2023.

No final da manhã do dia 25 de maio de 2022, Genivaldo sofria de esquizofrenia e foi parado por estar pilotando uma motocicleta sem capacete. A perícia feita pela Polícia Federal durante as investigações concluiu que a vitima passou 11 minutos e 27 segundo  em meio aos gases tóxicos, dentro de um lugar minúsculo e sem poder sair da viatura estacionada. Segundo alegação dos réus, ele teria resistindo à abordagem.

 

 



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