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Laboratório investigado por falha em exame de HIV não tem registro no Conselho Regional de Farmácia


Publicado 15 de outubro de 2024 às 08:19     Por Rita     Foto Rita

O Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF/RJ) informou, neste domingo (13), que o laboratório PCS Saleme, investigado por falhas em exames de doadores de órgãos que provocaram infecções por HIV em seis pacientes, não possui registro como estabelecimento junto ao órgão.
O CRF/RJ também destacou que o laboratório não conta com farmacêuticos registrados no Conselho, mas que uma técnica em laboratório, mencionada nas investigações, possui inscrição ativa.

“Na qualidade de entidade responsável pela fiscalização e defesa da saúde pública, o CRF/RJ considera este caso inédito de extrema gravidade. O Conselho reforça sua colaboração junto aos órgãos competentes na realização de uma investigação minuciosa com o propósito de responsabilizar adequadamente os envolvidos. A presidente em exercício, Dra. Luzimar Gualter Pessanha, já promoveu procedimentos administrativos para diligenciar junto às autoridades competentes, além de instaurar procedimentos internos envolvendo suspensão preventiva, medidas éticas e disciplinares relacionadas ao caso”, diz a nota.
A secretária de Estado de Saúde do Rio (SES-RJ), Claudia Mello, informou, neste sábado (12), que o PCS Lab Saleme não presta mais serviços à nenhuma unidade assistencial da rede.
O laboratório, que fica em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, está interditado desde a última quinta-feira (10).
De acordo com a secretária, após a interdição, todos os exames antes realizados pela PCS Lab, agora são feito por outros laboratórios. “O laboratório Patologia Clínica Saleme não mais presta serviço a nenhuma unidade assistencial da rede SES. Ele já foi interditado e todos os exames das nossas unidades já são realizados por outros laboratórios, não há nenhuma ação mais desse laboratório citado”, declarou Mello.
A SES ainda destacou que foi um aberto novo processo para contratação de laboratório para atender à rede estadual de saúde, com exceção do serviço de transplantes, que continuará sendo atendido pelo Hemorio.
Depois da descoberta do caso, em 10 de setembro, a pasta determinou o rastreio e reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório. Após a suspensão dos serviços, os testes passaram a ser realizados pelo Hemorio. Ainda há uma apuração interna sobre o assunto.
Além da secretaria, o caso também é investigado pelas polícias Civil e Federal, bem como pelos Ministérios Público do Rio (MPRJ) e da Saúde, e o Conselho Regional de Medicina (Cremerj).


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