Após a atriz Klara Castanho, 21 anos, contar que foi vítima de um estupro, engravidou e deu o bebê para adoção, o Metrópoles e o colunista Leo Dias pediram desculpas por terem publicado dados sigilosos sobre o caso.

O colunista divulgou o nome da atriz e os dados do nascimento da criança, incluindo hora e local de nascimento. No entanto, as informações são sigilosas e são protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Embora a matéria tenha sido excluída duas horas depois, a publicação repercutiu na internet.

Em nota oficial, o site afirmou que não há nenhuma justificativa para sustentar o argumento de que o assunto envolvendo a vida pessoal da atriz era de interesse público.

“Não há justificativa que sustente o argumento do interesse público em conhecer detalhes sobre uma história em que os únicos interessados são a vítima e seus familiares. E, neste caso, a Justiça e o Ministério Público, que intercederam para ajudar Klara no processo de adoção da criança”, afirmou o veículo.

Por meio da coluna, Léo Dias pediu desculpa e ressaltou que a sua matéria relatando o nascimento da criança foi feita após a divulgação da carta de Klara.

“Errei ao publicar qualquer linha a este respeito. Mesmo que a revelação da história não tenha partido de mim, mesmo que Klara tenha escrito uma carta pública narrando a dor que sentiu com toda esta violência e que eu só tenha escrito sobre o assunto após a carta dela ser publicada”, disse.

No relato, Klara conta ainda que a criança nasceu poucos dias depois de a gravidez ser descoberta. E que, logo em seguida entrou em contato com uma advogada para realizar todos os trâmites legais relacionados à adoção.

De acordo com o ECA, a entrega voluntária para adoção está prevista na nova Lei da Adoção e permite que a mãe entregue o filho para adoção em um procedimento assistido pela Justiça.

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