Coronavírus


UFS inicia testes sorológicos da covid-19 em índios da aldeia Xocó na quinta-feira


Publicado 29 de junho de 2020 às 09:30     Por Peu Moraes     Foto Divulgação / Governo de Sergipe

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) começa, nesta quinta-feira (02), a realizar testes sorológicos para a identificação de anticorpos do novo coronavírus (covid-19) em 200 índios da tribo Xocó, localizada no povoado Ilha de São Pedro, no município de Porto da Folha, Alto Sertão sergipano. A iniciativa é uma parceria entre a UFS e o Governo de Sergipe, através da Secretaria Estadual de Saúde.

“Faremos o inquérito epidemiológico por amostragem, fazendo perguntas em relação a sinais e sintomas, e liberando os resultados o mais rápido possível para que atitudes sejam tomadas através do órgãos que cuidam da população indígena”, afirmou o coordenador da força-tarefa de testagem da UFS, professor Lysandro Borges.

O coordenador ainda reforçou que o teste sorológico não detecta o coronavírus, mas sim os anticorpos que a pessoa produz ao ter contato com o vírus. “O diagnóstico só é feito pelo médico com mais exames adicionais. Estamos tentando identificar o anticorpo IgG e IgM para SARS-COV-2. E não necessariamente o paciente que tem essa sorologia, tem que ser investigado a presença do vírus com métodos, como a biologia molecular, o RT-PCR. E com o médico chegar ao diagnóstico”, explicou.

O primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus na tribo foi confirmado no dia 12 de junho em um homem de 42 anos de idade. Atualmente, segundo a Secretaria de Saúde de Porto da Folha, são cinco casos confirmados da doença na população indígena. De acordo com o líder da aldeia, Lucimário Apolônio Lima, o cacique Bá, as ruas da comunidade indígena estão mais vazias desde a confirmação do primeiro caso e o uso de máscaras foi recomendado para evitar a propagação do novo vírus respiratório.



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