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Ursos polares estão expostos a doenças com avanço de crise climática, alerta estudo


Publicado 25 de outubro de 2024 às 12:12     Por Rita     Foto Rita

Um alerta preocupante foi feito a partir da divulgação de um novo estudo sobre os impactos das mudanças climáticas na vida dos ursos polares que habitam a região ártica do planeta.

O aumento das temperaturas não apenas provoca alterações significativas no habitat natural deste animal, mas também, à medida que o obriga a buscar novas áreas de caça para sobreviver, o faz ter contato com solos de terra e, consequentemente, o deixa mais exposto a vírus, bactérias e parasitas .

Bióloga Karen Rode recolhe mostras de sangue dos ursos para análises 

Ursos polares estão mais expostos a vírus e bactérias à medida que o Árctico aquece
Em apenas três décadas, a crise climática deixou os ursos polares mais expostos a diferentes agentes que causam doenças, sugere um estudo publicado esta quarta-feira na revista científica Plos One. O degelo e outras mudanças ambientais em curso no Árctico – que está a aquecer a um ritmo quatro vezes mais rápido do que a taxa global – estão a criar novas oportunidades para vírus, bactérias e parasitas infectarem a vida selvagem na região.

Ursos polares estão mais expostos a vírus e bactérias à medida que o Árctico aquece
Os investigadores examinaram amostras de sangue de ursos polares do mar de Chukchi colhidas em duas fases distintas (no período de 1987 a 1994 e de 2008 a 2017). “Ter dois conjuntos de amostras recolhidas ao longo de três décadas foi, de facto, uma grande oportunidade. As amostras do período inicial foram recolhidas para investigação e devidamente arquivadas em congeladores de baixa temperatura, o que manteve a sua integridade para estas análises.

Cientistas examinaram amostras de sangue de ursos no Mar de Chukchi, entre o Alasca e a Rússia , e testaram seis patógenos diferentes no total: vírus, bactérias ou parasitas.

A bióloga de vida selvagem Dra. Karyn Rode, do Serviço Geológico dos Estados Unidos, disse que era difícil determinar como a saúde física dos ursos foi impactada, mas mostrou que algo estava mudando no ecossistema do Ártico.

“As coisas (no Ártico) estão mudando”
O estudo abrangeu três décadas, “quando houve uma perda substancial de gelo marinho e houve um aumento no uso da terra [nesta população de ursos polares”, disse.

“Então queríamos saber se a exposição havia mudado – particularmente para alguns desses patógenos que acreditamos serem principalmente terrestres.”

 



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