Economia
Cerveja terá aumento no preço a partir de agosto
O aumento dos produtos causado pela inflação também irá atingir as bebidas alcoólicas no Brasil, em especial a cerveja, que a partir de agosto deve ter aumento nos preços. A previsão do reajuste vem como consequência da alta do preço da bebida nos supermercados, que já é de 9,38% em um ano.
Para o setor cervejeiro, os reajustes costumam acontecer entre os meses de setembro e outubro. No entanto, empresários estimam que os fornecedores devem antecipar os aumentos para agosto. Já que nos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado ficou em 11,89%. No mesmo período, a cerveja subiu 8,41%.
Em 2021, a cerveja teve a maior alta de preços no país em sete anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As bebidas alcóolicas ficaram, em média, 8,7% mais cara quando consumidas em casa; em bares e restaurantes, o aumento foi de 4,8%.
Segundo Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a cerveja representa de 20% a 60% do faturamento de estabelecimentos que vendem bebidas alcóolicas. O que indica que o reajuste pesará no bolso dos consumidores.
Em nota, as cervejarias desconversam sobre um possível reajuste em agosto. O grupo Heineken afirmou que, “por direcionamentos globais, não comenta sua estratégia de preço”. A Ambev, que é dona de marcas como Brahma, Antarctica, Skol e Bohemia, informou que “o foco neste momento está em atender as diferentes realidades dos consumidores, oferecendo um portfólio variado e apostando fortemente nas embalagens retornáveis”.
O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) comunicou “que não se manifesta sobre relações comerciais entre os fabricantes de cerveja e seus clientes, sejam distribuidores, redes varejistas, bares e restaurantes e pequenos comércios, especialmente no tocante a preços”.
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