Economia
Com dívidas de R$ 4 bilhões, controladora da Ricardo Eletro pede recuperação judicial e fecha suas 300 lojas
A varejista Máquina de Vendas, controladora da rede Ricardo Eletro em todo país, protocolou nesta sexta-feira (07), um pedido de recuperação judicial. A informação foi publicada no jornal O Globo, nesta-feira. A companhia, que tem dívidas superiores a R$ 4 bilhões, também anunciou o fechamento de suas 300 lojas físicas.
No ano passado a empresa foi a 22º maior varejista do país conforme o ranking elaborado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado (Ibevar), com receita anual estimada em R$ 5,5 bilhões. No mesmo ranking, em 2011, ela estava em 5º lugar. A Máquina de Vendas já passava por dificuldades financeiras há anos, e estava em recuperação extrajudicial desde 2019. Os principais credores da empresa são os bancos Bradesco, Itaú e Santander, a fornecedora Whirpool, o fisco e a gestora de fundos Starboard.
Segundo o executivo, a companhia demitiu 3.600 funcionários nesta semana devido ao fechamento das lojas físicas, que é definitivo. A empresa manteve 900 empregados. “A gente entende que haverá uma retração de demanda grande no segundo semestre e não conseguimos manter os custos fixos de aluguel, salários”, disse.
Em julho, Ricardo Nunes, fundador e ex-principal acionista da rede Ricardo Eletro, foi preso, em São Paulo, durante a Operação Direto com o Dono, que combate a sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. A força-tarefa foi composta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil.
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