Economia


Comércio pode registrar queda de 43% no Dia dos Namorados, diz CNC


Publicado 10 de junho de 2020 às 15:29     Por Larissa Barros     Foto Divulgação / Prefeitura Municipal de Aracaju

As vendas para o Dia dos Namorados devem registrar uma queda de 43% neste ano. A informação foi divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta terça-feira (9).

Segundo o levantamento, as perdas por causa da retração do comércio podem chegar a mais de R$ 700 milhões, por conta da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

De acordo com a entidade, a data pode movimentar R$ 937,8 milhões este ano, contra R$ 1,65 bilhão em 2019. Caso a previsão seja confirmada, o faturamento do comércio com o Dia dos Namorados em 2020 será o menor dos últimos 11 anos.

Segundo o responsável pelo estudo, o economista da CNC, Fabio Bentes, o fato de o Dia dos Namorados ocorrer no início do processo de flexibilização da quarentena, em diversos estados e municípios do Brasil, deve fazer com que a data apresente uma queda menor do que a registrada no último Dia das Mães (-59,2%).

“A menor adesão ao distanciamento no início de junho deve arrefecer um pouco as perdas do comércio. Segundo dados da consultoria Inloco, o índice de isolamento social no Brasil, na semana que antecede o Dia dos Namorados, encontra-se no menor patamar desde o início da quarentena”, explicou Bentes.

Os segmentos mais afetados por causa da queda nas vendas do comércio varejista, segundo o levantamento da entidade é o de vestuário e calçados, com a variação de -71,3% em relação ao ano passado. Em seguida estão os setores de informática e comunicação (-58,3%), artigos pessoais, utilidades domésticas e eletroeletrônicos (-55,8%), perfumarias e cosméticos (-21,2%), hiper e supermercados (-17,8%) e livrarias e papelarias (-11,0%).

Ainda de acordo com o levantamento, apesar de todas as regiões do país registrarem perdas, os estados do Norte e Nordeste serão os mais afetados, como o Ceará (-65,3%), Amapá (-65,1%) e Pernambuco (-62,2%).



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