Economia


Em meio à crise, nível de inadimplência de pessoas físicas e jurídicas cai no Brasil


Publicado 12 de outubro de 2020 às 11:21     Por Eduardo Costa     Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Mesmo com a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, o nível de inadimplência de pessoas físicas ou jurídicas caiu no Brasil. A informação é do jornal O Estado de São Paulo. No último dado disponível pela Serasa Experian em julho, 63,5 milhões de brasileiros estavam inadimplentes, 2,5 milhões a menos que em abril.

No caso das empresas, por exemplo, 5,8 milhões estavam com dívidas em atraso no mês de julho, exatamente a mesma quantidade em relação a julho de 2019. E 868 pediram recuperação judicial entre janeiro e agosto de 2020, 7,3% a menos que no mesmo período do ano anterior.

De janeiro a agosto, o número de processos também caiu, chegando ao menor neste período desde 2015. Em 2019, no total do ano, foram 1.387 processos. A expectativa é que 2020, com a pandemia no meio, tenha número semelhante.

Mas isso se deu também por conta dos bancos. Segundo a matéria, do começo da pandemia até agosto, os bancos postergaram R$ 110,5 bilhões em dívidas em mais de 14 milhões de contratos, especialmente para pequenas empresas e pessoas físicas. As carências que foram concedidas começam a vencer agora em outubro.

No segundo trimestre de 2020, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Itaú Unibanco elevaram o gasto com provisões para devedores duvidosos, chegando a R$ 193,6 bilhões.

Outro ponto, segundo especialistas, é a relação com o auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo Governo Federal e com os programas de socorro às empresas durante a pandemia.  Há uma dúvida se tais números de inadimplência poderão crescer no Brasil após a passagem destes auxílios, com o fim da pandemia.



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