Política


Governo de Sergipe não manifesta possibilidade de nova prorrogação do Cartão Mais Inclusão


Publicado 12 de setembro de 2020 às 07:50     Por Peu Moraes     Foto Pritty Reis / Governo de Sergipe

O Governo de Sergipe, ainda não manifestou um posicionamento sobre a possibilidade de nova prorrogação do Cartão Mais Inclusão, que conforme a Secretaria Estadual da Inclusão e Assistência Social (SEIAS), tem atendido 25 mil pessoas, em todo estado, com o valor de R$ 100 para custear parte da despesa alimentícia no período de pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19).

O benefício foi criado, através da Lei nº 8.664/20, em abri, para atender pessoas que se encontram na faixa da extrema pobreza, ou seja, possuem renda de até R$ 89,00, cadastradas na base do CadÚnico, e não recebem nenhum dos outros auxílios concedidos pelo governo estadual, a exemplos do Programa Mão Amiga ou Aluguel Social.

Mesmo temporário, o benefício foi estendido por mais dois meses no mês de julho tendo após aprovação na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), da indicação 293/2020, de autoria do deputado estadual, Luciano Pimentel (PSB). Na época o parlamentar, destacou o cenário crítico da pandemia para justificar a prorrogação do auxílio emergencial sergipano.

“A pandemia do coronavírus mudou a nossa realidade. Vivemos um período delicado, de crise econômica e social, onde se faz necessário criar alternativas para minimizar o impacto da covid-19 na vida da população. Nesse sentido, entendo que garantir a segurança alimentar dos sergipanos em situação de vulnerabilidade é fundamental. E estender o Mais Inclusão é uma ação importante para assegurar o alimento na mesa de cerca de 25 mil sergipanos que recebem esse benefício”, disse.

Tendo em vista o fim do pagamento para setembro, o AjuNews entrou em contato com a Superintendência Especial de Comunicação de Sergipe na quinta-feira (03), com o objetivo de saber se o Governo do Estado estaria estudando o auxílio por mais alguns meses alguns nos moldes anunciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) para o auxílio emergencial nacional que vai ser estendido até o mês de dezembro, mas com valor reduzido. Não recebendo resposta, a reportagem questionou novamente na terça-feira (8), mas até o fechamento desta matéria não teve nenhum posicionamento.

Em Sergipe, 758 mil sergipanos foram contemplados com o auxílio emergencial do Governo Federal. De acordo com o portal da transparência do Ministério da Cidadania, pasta responsável pelo pagamento do benefício a maioria das pessoas residem na capital Aracaju. Foram pouco mais de 115 mil. Já em Nossa Senhora do Socorro são 61 mil; 38 mil em Lagarto; 32 mil em Itabaiana e 28 mil em São Cristóvão. Isso representa R$ 547 milhões pagos.

Em nota enviada ao AjuNews, sobre o poder de compra da população que recebe o auxílio após os recentes reajustes nos preços do itens que compõe a cesta básica, Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), alegou que alerta para um possível desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno provocada pela exportações.

“Reconhecemos o importante papel que o setor agrícola e suas exportações têm desempenhado na economia brasileira. Mas alertamos para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar transtornos no abastecimento da população, principalmente em momento de pandemia do novo coronavírus. O setor supermercadista tem se esforçado para manter os preços normalizados e vem garantindo o abastecimento regular desde o início da pandemia nas 90 mil lojas de todo o país”, diz trecho do posicionamento.

“A ABRAS tem dialogado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento. Apoiamos o sistema econômico baseado na livre iniciativa, e somos contra às práticas abusivas de preço, que impactam negativamente no controle de volume de compras, na inflação, e geram tensões negociais e de ordem pública”, finalizou.



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