O governo federal tem planos de lançar a sua própria moeda virtual, conhecida como bitcoin, até 2022. A expectativa, com isso, é facilitar a recuperação da economia pós-pandemia da covid-19, visto que na Receita Federal foram declarados R$ 7,3 bilhões em transações com bitcoins em 2020. A informação é do portal Metrópoles.

Segundo a notícia, um grupo de trabalho do governo está finalizando o estudo sobre o tema. As análises estão sendo feitas desde agosto, e a primeira parte da conclusão dos estudos será entregue neste mês de fevereiro.

Em novembro de 2020, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mostrou entusiasmo com a possibilidade. Ele afirmou que “a gente vai para um processo de ter uma moeda digital em algum momento. E acredito que esse processo foi acelerado na pandemia pela quantidade de pagamentos a distância e pelas compras on-line”.

A medida também é apoiada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O Banco Central planeja trazer um modelo diferente das criptomoedas comuns como as bitcoins, já que estas não são reguladas. As operações destas são feitas por sistemas que permitem compra e venda da moeda virtual sem intermediários.

Em outros países, esta discussão também existe. O Brasil é signatário de um documento produzido pelo Banco de Compensação Internacionais (BIS), determinando princípios básicos comuns e características das moedas digitais.

A Receita Federal decidiu que estas movimentações devem ser informadas ao fisco, após grupos em vários países se utilizarem das criptomoedas para cometerem crimes como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e financiamento do terrorismo.