Política


Guedes defende “tributos alternativos” e afirma que Brasil tem que desonerar a folha de pagamentos


Publicado 23 de setembro de 2020 às 19:00     Por Roberta Cesar     Foto Wilson Dias / Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil tem que desonerar a folha de pagamento das empresas e, para que isso aconteça, precisa buscar “tributos alternativos”. A declaração aconteceu após uma reunião das alas política e econômica do governo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No encontro, esteve em pauta a reforma tributária e um programa de transferência de renda. As informações foram publicadas pelo G1.

“Descobrimos 38 milhões de brasileiros, que eram os invisíveis, temos que ajudar essa turma a ser reincorporada no mercado de trabalho, então temos que desonerar a folha, por isso que a gente precisa de tributos alternativos para desonerar a folha e ajudar a criar empregos”, destacou o ministro.

Para o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), os “tributos alternativos” não vão ocasionar em um aumento da carga tributária, mas sim um rearranjo no sistema. “Reafirmamos o nosso compromisso com o teto de gastos e o rigor fiscal. Nenhuma proposta que será encaminhada vai tratar dessa questão. Estamos buscando dentro do orçamento recursos para poder avançar nos programas e, se houver a necessidade, faremos uma substituição de tributação”, disse Barros.

Sobre o auxílio emergencial, o ministro destacou que o governo estuda fazer uma “aterrizagem suave” ao fim do pagamento do benefício. Segundo Guedes, a ideia é manter a transferência de renda para setores considerados mais vulneráveis da população.

“E, renda, a mesma coisa. Nós vimos a importância do auxílio emergencial, como isso ajudou a manter o Brasil respirando e atravessando essa onda da crise. Então, temos que também fazer uma aterrizagem suave do programa de auxilio emergencial”, concluiu Guedes.

O parlamentar comentou que durante a reunião com Bolsonaro ficou definido que o governo, em diálogo com líderes de partidos, vai estabelecer ajustes na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do pacto federativo, bem como no projeto de reforma tributária. Os dois projetos já estão sendo analisados no Congresso.

A ideia é consultar líderes para finalizar os textos na próxima semana e, caso haja acordo, formalizar as propostas. No caso da reforma tributária, a proposta do governo será enviada ao relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e aos demais integrantes da comissão mista que discute o tema.

“Esses textos serão submetidos aos líderes da Câmara e do Senado e, do que for acordado e das contribuições que eles puderem dar, será encaminhado então para a Câmara dos Deputados a reforma tributária, e o senador Márcio Bittar apresentará o seu relatório no Senado Federal”, explicou Barros.

O deputado ainda ressaltou que o governo quer aprovar os projetos ainda este ano, por este motivo é importante consultar os líderes partidários em busca de acordo sobre os projetos.



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