Economia


Inadimplência dos sergipanos é a menor em cinco anos, diz pesquisa


Publicado 22 de fevereiro de 2021 às 20:00     Por Redação AjuNews     Foto Peu Moraes / AjuNews

Com a pandemia de covid-19, várias famílias sergipanas buscaram reduzir seu volume de inadimplência, com a diminuição de compromissos de alta dificuldade para pagamento, reduzindo as dívidas a níveis baixos, realocando os recursos provenientes da renda familiar, que chegou ao menor nível dos últimos cinco anos, conforme revelou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio, analisada pela assessoria executiva do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac.

Segundo o levantamento, o indicador de famílias sergipanas em condição de inadimplência, usando como parâmetro a região de Aracaju, área de realização da pesquisa, o número de famílias sem condições de arcar com suas dívidas é o menor em cinco anos, considerando as análises realizadas nos meses de janeiro de 2017 até janeiro de 2021.

De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, a variação negativa da inadimplência dos sergipanos é um indicativo importante para o momento atual da economia do estado.

“A população sentiu muito o impacto das dívidas em suas contas, de acordo com o que estudamos. Em 2017, problemas na macroeconomia brasileira deixaram milhares de pessoas sem poder pagar suas contas, deixando quase uma em cada três famílias inadimplentes. A taxa caiu sensivelmente nos anos seguintes e neste ano, apesar das dificuldades provocadas pela pandemia, temos a menor condição de inadimplência dos últimos cinco anos. Isso é o resultado da educação financeira das pessoas diante da pandemia, sabendo aplicar melhor o seu dinheiro no momento de dificuldades”, afirmou o presidente.

A pesquisa também aponta que, atualmente, 8,8% das famílias em endividamento no estado estão em condição de inadimplência. O número é 40% menor que no ano de 2020, quando 14,9% das famílias estavam sem conseguir pagar suas contas, e é 67% menor que 2017, quando 28,1% das famílias, quase um terço dos sergipanos com dívidas contraídas, não conseguiam pagar suas contas. Laércio lembra alguns fatores foram determinantes para a redução na inadimplência dos sergipanos.

“O auxílio emergencial foi o maior programa social criado na história do Brasil, no menor prazo de tempo possível. E isso foi fundamental para ajudar as pessoas a manterem suas famílias, no momento mais duro da pandemia, quando as atividades econômicas estavam fechadas. Isso serviu para que as pessoas pudessem organizar seu orçamento e ajustar seu modo de vida, diante do cenário daquele momento e o dinheiro distribuído para ajudar as pessoas foi muito importante para a circulação de receita no comércio, garantindo a manutenção de muitos empregos, além de levar as pessoas que se encontravam com alguma dívida de valor não muito grande, a pagarem esses compromissos e recuperarem o crédito”, finalizou.



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