Economia
Laércio confirma demissões e entidades de classe vão apresentar novas propostas a Belivaldo
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio), deputado federal Laércio Oliveira, confirmou durante entrevista nesta quinta-feira (9), à Rádio Cultura, diversas demissões na iniciativa privada em Sergipe desde o início das medidas de isolamento social decretadas pelo governo do Estado por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19).
Ele revelou que o setor empresarial e as entidades de classe devem apresentar novas propostas de flexibilização do decreto governamental e a reabertura gradativa de alguns setores. As novas medidas serão entregues ao governador Belivaldo Chagas (PSD), na próxima semana.
O presidente da Fecomércio também reconheceu e elogiou as medidas de prevenção adotadas pelo governo do Estado e pela prefeitura de Aracaju para conter o avanço da pandemia em Sergipe, lamentou as mortes registradas e os pacientes infectados, mas lembrou também das dificuldades que muitos empresários estão passando para manterem seus negócios ativos. “Tenho falado quase que diariamente com o governador e o prefeito. Estamos trocando informações, estudando possibilidades”.
Diante do questionamento dessa reportagem sobre as demissões, já que boa parte da mídia tem focado apenas em números de infectados e registros de mortos, Laércio pontuou que o isolamento social também “isolou as empresas”. “Infelizmente as demissões começam a acontecer e em uma quantidade muito grande aqui em Sergipe. Eu tenho lutado e me manifestado nos meios de comunicação contra isso. Tenho pedido serenidade aos empresários, mostrando que demitir não é a solução do problema”.
Ainda segundo o presidente da Fecomércio, “muitas pessoas e famílias inteiras estão enfrentando dificuldades enormes e uma alternativa para os empresários seria acessar as linhas de crédito que os governos estão disponibilizando”, disse, citando os R$ 500 milhões anunciados pelo governador Belivaldo Chagas via Banese (Banco do Estado de Sergipe). “Um empresa organizada, onde o empresário vem cumprindo com suas obrigações, o cadastro permite acessar o crédito para o financiamento da folha de salários. É uma alternativa muito melhor do que demitir!”.
Por fim, Laércio reconheceu que alguns setores praticamente foram “dizimados” com essa pandemia e a consequente crise econômica. “Infelizmente algumas atividades enfrentam dificuldades enormes. Esse problema atingiu em cheio, pelo momento que vivemos, em função do isolamento social, como o turismo. Não existe qualquer faturamento em toda a cadeia! Ficaram completamente prejudicados. É um setor que não tem condição de faturar nada e será um dos últimos a sair da crise. Será uma dificuldade muito grande quando tudo isso passar”.
Pauta para o governo
O presidente da Fecomércio confirmou que os empresários e entidades de classe já se reuniram nessa quarta-feira (8) e na próxima semana novamente tentarão apresentar novas propostas ao governador Belivaldo Chagas, possivelmente sobre medidas de relaxamento do decreto governamental, liberando o retorno gradativo e cauteloso de algumas atividades. “O desemprego em Sergipe é alto e está acima das nossas expectativas iniciais”.
“Vamos tentar mostrar que o setor produtivo pode ser retomado, de forma gradativa, respeitando as orientações dos órgãos de Saúde a partir do crescimento da desocupação de leitos, graças ao excelente desempenho do governo do Estado e da Prefeitura de Aracaju. Quero parabenizar todo o pessoal da Saúde que está nessa linha de frente. E precisamos, ao poucos, ir retomando a atividade econômica, com ordem e respeitando e protegendo o próximo”, completou o deputado federal.
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