Economia


Mais de 30 milhões podem receber auxílio emergencial em 2021 se houver novo marco fiscal, diz Guedes


Publicado 05 de fevereiro de 2021 às 09:00     Por Eduardo Costa     Foto Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (4) que mais de 30 milhões de pessoas podem receber o auxílio emergencial em 2021 “desde que seja dentro de um novo marco fiscal”. Segundo ele, o benefício que se encerraria ao final de 2020 pode retornar atingindo metade do público contemplado.

Em 2020, eram 64 milhões de pessoas recebendo o auxílio. Com isso, o número cairia para aproximadamente 32 milhões. “Os invisíveis, esses nós estamos focalizando a ajuda. É possível, temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal robusto o suficiente para enfrentar eventuais desequilíbrios”, disse o ministro.

Paulo Guedes defendeu a estabilidade fiscal, mas afirmou que o governo está preparado caso a pandemia da covid-19 piore neste ano. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a ideia é incluir uma cláusula de calamidade pública dentro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial para momentos de dificuldade financeira.

“Você aperta o botão da calamidade pública e podemos atender algumas coisas, travando outras. [É importante] manter a estabilidade fiscal porque se não vamos prejudicar mais ainda a população com inflação voltando, juros altos, crises”, acrescentou.

Ainda segundo o ministro da Economia, não será necessário pagar novamente o auxílio emergencial a todos os 64 milhões de 2020, uma vez que muitos que eram contemplados retornaram a outros programas sociais neste ano.

Segundo dados da União divulgados nesta quinta-feira (4), o governo federal recebeu de volta aos seus cofres um valor total R$ 1,3 bilhão não sacado do auxílio emergencial. Cerca de 1,4 milhão de pessoas não fizeram uso do valor destinado ao público de baixa renda durante a pandemia da covid-19 em 2020.

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