Economia


Mais de 50% da classe média brasileira cortou gastos com serviços na pandemia, aponta pesquisa


Publicado 08 de novembro de 2020 às 09:00     Por Fernanda Souto     Foto Reprodução/ Agência Brasil

Cerca de 53% da classe média teve que cortar gastos em ao menos um de três serviços que tinham antes da pandemia da covid-19, no Brasil, de acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva. Os três principais foram: manutenção de plano de saúde, contratação de empregada doméstica ou de babá e pagamento de mensalidade de escola particular. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, neste domingo (8).

No caso das mensalidades escolares, 15% dos consultados disseram que não foi possível manter o pagamento durante a pandemia. Para 35%, cortar despesas com empregada doméstica ou babás foi a melhor forma de tentar controlar o orçamento, enquanto 19% optaram por cancelar planos de saúde.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação oficial do País, aumentou 0,86% no mês passado. Esta foi a maior taxa para o mês de outubro desde 2002. O órgão também identificou um avanço no chamado “índice de difusão”, que calcula a proporção de itens com alta de preços diante do monitorado total.

O índice de difusão foi de 68% em outubro, o maior do ano. O aumento se deu principalmente por causa da alta nos preços dos alimentos. Porém, em outubro, itens como eletrodomésticos e alguns ramos de serviços também tiveram um aumento significativo em seus preços.

Ainda de acordo com a pesquisa da Locomotiva, 64% dos brasileiros da classe média estão com alguma conta atrasada, o equivalente a mais de 56,3 milhões de pessoas. Desse total, dois em cada três brasileiros evitam recorrer aos bancos para conseguir reorganizar as contas.

 



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