Economia


Mais de 900 lojas fecharam em Sergipe no primeiro semestre de 2020


Publicado 01 de setembro de 2020 às 10:44     Por Eduardo Costa     Foto Reprodução/Google Street View

Em todo o mundo, o comércio varejista sentiu uma grande perda com a pandemia. E em Sergipe, não foi diferente. Um estudo da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) analisado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Sergipe (Fecomércio-SE) indicou uma perda de 950 lojas no estado no segundo trimestre de 2020. Somente em shoppings, mais de 180 lojas foram fechadas.

Segundo a Fecomércio, o fechamento das lojas durante a pandemia provocou uma grande redução em transações comerciais no estado, o que gerou os fechamentos pela falta de vendas. As lojas que sentiram maior impacto foram as de vestuário, tecidos, calçados e utilidades domésticas.

Além disso, a entidade lembrou que muitas lojas não estavam preparadas para o atendimento online, e acabaram tendo a existência comprometida. A maior parte das lojas sergipanas está concentrada na Grande Aracaju, Estância, Itabaiana, Lagarto e Nossa Senhora da Glória.

O deputado federal Laércio Oliveira (PP-SE), presidente da Fecomércio-SE, mostrou preocupação. Segundo ele, milhares de postos de trabalho foram perdidos, o que impacta diretamente de forma negativa na economia.

“Juntamente com essas lojas, foram perdidos mais de 3.500 postos de trabalho no comércio e mais de 4.600 no setor de serviços. São pessoas que deixam o mercado de consumo, pois não estão empregadas. Precisamos resgatar isso, buscar medidas para o salvamento das empresas em nosso estado, para reduzir esse número”, afirmou.

Segundo Laércio, as medidas sanitárias devem ser tomadas para permitir que o consumidor volte às lojas de forma física. Ele destaca que as redes sociais e o comércio virtual devem ajudar, mas não podem ser o critério principal.

“Temos que buscar a recuperação das vendas no estado, estimulando o consumidor a voltar para as lojas, atendendo os critérios de biossegurança para evitar a transmissão da doença e estimular mais a compra nas lojas locais pelos canais digitais. Temos vários mecanismos, a exemplo das redes sociais e o shopping virtual, que podem ajudar as lojas a recuperar seu volume de vendas”, completou.

Leia mais:
‘Na crise é o Estado que administra a situação’, diz Eliane Aquino ao criticar liberalismo na pandemia
Belivaldo Chagas rebate Laercio Oliveira: ‘Não deixamos de lado o setor empresarial’



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso