Política


Negros e mulheres estão entre os mais prejudicados com final do abono salarial, aponta levantamento


Publicado 07 de setembro de 2020 às 14:00     Por Peu Moraes     Foto Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O fim do benefício abono salarial que chegou a ser anunciado pela equipe econômica do governo para dá margem ao programa Renda Brasil prejudicaria mais negros, mulher e jovens. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, neste domingo (07). A conclusão foi obtida com base no levantamento da consultoria IDados apresento ao jornal.

A base do estado é a Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar Covid-19 (Pnad-Covid), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A extinção do benefício atingiria mais trabalhadores de baixa escolaridade. A estimativa é do pesquisador Bruno Ottono, do IDados e do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas.

O benefício criado em abril, e no valor de R$ 600 até agosto, seguirá até dezembro, com mais quatro parcelas de R$ 300. Ao todo, o programa de ajuda a informais na crise causada pelo novo coronavírus deve custar R$ 322 bilhões aos cofres públicos. “Não é possível cobrir todas as pessoas com um benefício universal, aumentar a cobertura entre os pobres e ter o dobro do impacto sobre a pobreza e a desigualdade, sem gastar um único centavo a mais”, argumentam os pesquisadores.



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