O Conselho de Administração da Petrobras autorizou, após reunião extraordinária nesta quinta-feira (16), um novo aumento do valor dos combustíveis. A previsão é que anuncio do valor do reajuste seja feito ainda nesta sexta-feira (17). Diesel deve ser o mais afetado pela alta do preço.

Segundo o blog de Valdo Cruz, do G1, a reunião foi convocada pelo presidente do Conselho, Márcio Weber. Conselheiros ligados ao governo tentaram convencer a empresa a segurar o aumento. A diretoria da Petrobras argumenta que a não concessão de subsídio pelo governo federal para trazer diesel mais caro do exterior e vendê-lo a menor preço impede a manutenção do valor atual do combustível.

Segundo membros da diretoria, a defasagem entre os preços internacionais e o praticado pela Petrobras supera atualmente os 20% no caso do diesel. Já a defasagem no preço da gasolina caiu para cerca de 5%, depois de medidas adotadas pelos Estados Unidos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a tomada de decisão da empresa enquanto o Congresso tenta aliviar ‘o drama dos mais vulneráveis’. “A República Federativa da Petrobras, um país independente e em declarado estado de guerra em relação ao Brasil e ao povo brasileiro, parece ter anunciado o bombardeio de um novo aumento nos combustíveis. Enquanto tentamos aliviar o drama dos mais vulneráveis nessa crise mundial sem precedentes, a estatal brasileira que possui função social age como amiga dos lucros bilionários e inimiga do Brasil”, escreveu ele nas redes sociais ao completar que convocará reunião com líderes para discutir a situação.

Crítico dos lucros da empresa, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem a semanas atribuindo à Petrobras a responsável pela dispara no preço dos combustíveis. Para o mandatário, a empresa deveria pensar nos impactos sociais da inflação.

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