Política


Orçamento da União para 2021 não apresenta Renda Brasil e eleva gasto do Bolsa Família


Publicado 01 de setembro de 2020 às 07:35     Por Peu Moraes     Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O Governo Federal, através do Ministério da Saúde enviou para o Congresso Nacional proposta do Orçamento da União 2021 sem apresentar a criação do programa social Renda Brasil possível substituto do Bolsa Família, mas elevará em 18,22% a dotação para o Bolsa Família. As informações foram publicadas pela Agência Brasil, nesta segunda-feira (31). Segundo o texto, a verba para o Bolsa Família passará de R$ 29,485 bilhões em 2020 para R$ 34,858 em 2021.

De acordo com o secretário de Orçamento Federal, George Soares, o aumento deve-se à expectativa da adesão de famílias ao programa social depois da pandemia do novo coronavírus. A equipe econômica estima que, no próximo ano, 15,2 milhões de famílias se enquadrarão nos critérios para receber o benefício, contra 13,2 milhões em 2020.

Segundo o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, o Renda Brasil continua a ser discutido dentro do governo e será anunciado “no momento certo”. O futuro programa, que pretende pagar benefícios a parte dos trabalhadores informais que atualmente recebem o auxílio emergencial, poderá ser incluído no Orçamento de 2021 por meio de uma emenda no Congresso.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha anunciado que a criação do Renda Brasil estava suspensa porque não aceitaria eliminar, em troca, o abono salarial, espécie de 14º salário pago aos trabalhadores com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos. Nas últimas semanas, a equipe econômica e o Palácio do Planalto têm discutido a fonte de recursos para financiar o novo programa social.



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