Política


Paulo Guedes diz que teto de gastos pode ser flexibilizado em segunda onda de covid-19


Publicado 03 de outubro de 2020 às 09:20     Por Peu Moraes     Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou após reunião virtual com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), que o teto de gastos pode ser flexibilizado no caso de uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no Brasil. As informações foram publicadas pela Agência Brasil, nesta sexta-feira (02). Ainda segundo a matéria, o ministro, no entanto, criticou tentativas de criar gastos permanentes que resultem na violação do limite, chamando-as de irresponsáveis.

“Uma coisa é você furar o teto porque você está salvando vidas em ano de pandemia, e isso ninguém pode ter dúvidas. Se a pandemia recrudescer e voltar em uma segunda onda, aí sim nós decisivamente vamos fazer algo a respeito. E aí sim, é o caso de você furar o teto”, disse. De acordo com o ministro, gastos “para fazer política” e “ganhar eleição” retiram a principal âncora fiscal que restou depois da pandemia do novo coronavírus. “Agora, você furar teto para fazer política, para ganhar eleição, para garantir, isso é irresponsável com as futuras gerações. Isso é mergulhar o Brasil no passado triste de inflação alta”, acrescentou.

Por causa do estado de calamidade pública, as metas de déficit primário e a regra de ouro (espécie de teto de endividamento do governo) foram abolidas para 2020. O projeto do Orçamento de 2021, em discussão no Congresso, preserva apenas o teto de gastos, com as metas de primário sendo automaticamente ajustadas conforme as receitas do governo.



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