Economia


Paulo Guedes justifica que aumento maior no salário mínimo causaria onda de demissões


Publicado 01 de setembro de 2020 às 18:25     Por Roberta Cesar     Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Um dia após divulgar que o salário mínimo só aumentará R$ 22 em 2021, o Governo Federal justificou alguns pontos polêmicos do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA). Um deles é o reajuste do salário mínimo saindo de R$ 1.045 para R$ 1.067, valor abaixo do que foi proposto inicialmente,de R$ 1.079. As informações foram publicadas pelo site Metrópoles, nesta terça-feira (1).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se o reajuste fosse maior poderia desencadear uma onda de demissões. Por isso, de acordo com Guedes, o governo optou pelo salário mínimo abaixo do proposto.

“Se der um aumento no salário mínimo, no mínimo milhares e talvez milhões de pessoas vão ser demitidas. Você está no meio de uma crise de emprego terrível. Todo mundo desempregado. Se você dá um aumento de salário, vai condenar as pessoas ao desemprego”, explicou durante audiência pública no Congresso Nacional.

O Ministério da Economia considerou somente a variação da inflação. O governo federal estipula que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve variar 2,09% neste ano, o que estaria abaixo dos 3,19% previstos no início da pandemia de covid-19. Em 2021, o trabalhador brasileiro vai ter o segundo ano em que o salário mínimo terá correção apenas pela inflação.

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